quinta-feira, 11 de março de 2010

Preso político

Não existe nada mais triste do que a pessoa ser presa por não concordar com o regime de governo do seu país.

Geralmente regimes ditatoriais impõem a cultura do medo na população. Se não gostar de mim, vou te prender, te torturar e te matar. Quem não vai ter medo. Eu teria.

Protestar e questionar a ação do governo nesses pardieiros dá cadeia e morte.
Quem se rebela tem duas opções, fugir do país ou morrer lutando por liberdade.


Foi assim durante a ditadura militar brasileira.
Os sindicatos brasileiros sempre tiveram força e poder de argumentação, que o diga o presidente Castelo Branco que se viu obrigado a afastar os lideres sindicais e definir uma complexa política salarial para evitar o maciço crescimento da oposição.
Na luta contra a ditadura, dezenas de líderes sindicais foram presos ou fugiram do país.

Não é engraçado ter um presidente que foi sindicalista, que viveu sob constante ameaça de prisão, que foi preso, ser contra a greve de fome que deu fim a vida de um operário que era prisioneiro político em Cuba?

Muito estranho. Nosso governo apóia Cuba por quê? Até onde minha ignorância me leva Cuba tem regime ditatorial. E o Brasil não só apóia como acha pouco morrer de fome por querer liberdade.
Será que Gabeira pensa o mesmo?
Será que Genoino pensa o mesmo?

Será que nosso presidente acha realmente que preso político é igual a preso comum, como afirmou recentemente? É claro que ele sabe a diferença, mas afirmá-la significa ir contra a ideologia do partido. Cinismo.

Sinto vergonha de ver meu país defender a ilha-prisão dos Castro e aplaudir suas "liberdades". Vergonha de ver meu presidente, que me representa inclusive, desdenhar do sofrimento de pessoas que estão presas atualmente em Cuba, não porque roubaram ou mataram, presas por que questionam o governo, são contra a prisão imposta e querem liberdade.

Orlando Zapata Tamayo era operário, como foi operário nosso presidente. Infelizmente nosso operário não disse sequer uma palavra em solidariedade a morte do cubano.

Guilhermo Fariñas (jornalista) também é cubano e também está fazendo greve de fome, ele pede a liberdade de 26 presos políticos que estão doentes. Ele disse que está disposto a sacrificar a vida pelos companheiros.

*Existem presos políticos hoje na China, Laos, Congo, Coréia do Norte, Vietnã e em Cuba. Sem contar a Venezuela e a Colômbia que ninguém sabe o que acontece nas cabeças dos governantes dessas províncias da América.

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