quinta-feira, 1 de setembro de 2011

1º de setembro de 1939

O dia primeiro de setembro foi uma ensolarada sexta feira de verão. As crianças polonesas estavam prestes a começar seu novo ano letivo, mas em vez disso foram despertadas pelo som de bombardeio. Zila Rosenberg, uma mocinha judia que posteriormente se tornaria membro da resistência em Vilna, recorda o terror que sentiu: "Estou deitada num campo aberto, tentando encolher, tornar-me um minúsculo ponto invisível. Bombardeiros alemães estão passando em voo baixo. Meu coração está batendo como mil martelos; ó Deus, não permita que me façam mal".

Ás 4:45h da madrugada, o exército alemão, sem declarar guerra, cruzou as fronteiras polonesas pelo norte e pelo oeste...o primeiro ataque aereo a Varsóvia nesta manhã causou danos na área do aeroporto e em bairros residencias...os jornais impressos durante a noite ainda não dão qualquer notícia do início desses atos de guerra.
Antes da guerra a população judaica de Varsóvia era de 375.000 pessoas, quase 30% da população total da cidade. A Varsóvia judaica era uma cidade de contrates. Escritórios de partidos políticos judaicos e de muitas instituições de assistência social, educacionais e religiosas tinham suas sedes em Varsóvia. A maioria dos periódicos judeus publicados em diversas linguas, era de Varsóvia. Havia editoras, grupos de teatro e clubes esportivos judaicos. Varsóvia foi o lar de escritores e poetas. Esta Varsóvia contratava fortemente com o status deprimido e a pobreza das massas judaicas que constituiam uma parte visível da cidade.

Após apenas dois anos de ocupação alemã mais de 400.000 judeus que viviam ou passaram por Varsóvia desapareceu, reduzidos a escombros. Debaixo das ruas estão enterrados os restos materiais da cultura e da civilização judaicas. A uns 95 quilômetros de distância, nos céus em torno de Treblinka, estão as cinzas dos judeus de Varsóvia que no verão de 1942, foram levados de trem para as câmeras de gás. Horas após sua chegada, com suas posses materias confiscadas e seus cabelos raspados, foram asfixiados por gás e tiveram seus corpos cremados subindo em fumaça.


Existem pessoas que simplesmente negam o holocasto.
Existem pessoas (muitas) que alegam que eles merecem todo este castigo por terem assassinado o Messias cristão.
Existem pessoas que nunca se colocaram na posição dos judeus, nunca se imaginaram perseguidos e destruidos infinitamente por aqueles que se intitulam os verdadeiros filhos de deus, pelo simples fato de que isso não altera o curso da história.

Mas para quem conhece a história fica impossível seguir um deus tão cruel e sedento de sangue como o deus cristão.


Antes de serem pessoas de outra religião eles eram seres humanos. Que deveriam ser tratados como seres humanos.
Este é apenas um relato, inúmeros acontecimentos igualmente horríveis aconteceram por toda a Europa durante a 2º Guerra Mundial.
É importante lembrarmos para que isto nunca mais se repita
As partes destacadas em laranja são trechos do livro: Resistência - o levante do gueto de Varsóvia do autor Israel Gutman (Editora Imago)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

MITRA - O Deus Sol

Era o Deus Persa.
Existem referências à Mitra desde 1.400 anos antes de Cristo.
Ele representava a luz solar, era conhecido como o Sol Vencedor.
Deus do bem, segundo as imagens dos templos e os escassos testemunhos escritos, o deus Mitra nasceu perto de uma fonte sagrada, debaixo de uma árvore sagrada, a partir de uma rocha.

A partir do século II o culto a Mitra era dos mais importantes no Império romano e numerosos santuários foram construídos. A maior parte eram câmaras subterrâneas, com bancos em cada lado, raras vezes eram grutas artificiais.
Quando o catolicismo se tornou a religião oficial em Roma o mitraísmo também perdeu força como as demais religiões do império, mas não deixou de influenciar a nova religião do Estado.

Por exemplo:
Mitra nasceu em 25 de Dezembro
Tem forma humana
Nasceu de uma virgem
Teve 12 discípulos tendo inclusive celebrado uma santa ceia, antes de voltar à casa do pai
Lutou contra as divindades do mal
Foi batizado
Operou milagres
Morreu crucificado e ressucitou no 3º dia
Garantiu a vida eterna a quem se batizasse


Os devotos de Mitra se chamavam de irmãos, acreditavam na salvação universal, faziam uso do batismo, sacralizavam pão, água e vinho, adotavam o domingo como dia santo, criam no juízo final e na ressurreição. A sua iconografia também guarda semelhanças com a dos cristãos, pois fazia nascido entre pastores e promovia milagres como a ressurreição dos mortos. Se tornou tão popular que o filósofo Ernest Renan chegou a afirmar que, se por algum acaso, o Cristianismo tivesse sido freado em sua expansão, o Mundo ocidental seria mitraísta.

Mitra era o protetor dos justos. Um mediador entre os homens e o Ser Supremo e morreu para que todos fossem salvos.  Seus fiéis comemoravam sua ressurreição (como os cristãos comemoram a páscoa) durante cerimônias onde eram proferidas as palavras:
"Aquele que não irá comer o meu corpo e não beber o meu sangue, assim que ele seja em mim e eu nele, não será salvo."

lhe parece familiar?

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Vila Montaillou

A Vila de Montaillou ficava onde hoje é o sul da França. Era uma Vila isolada nas montanhas, de gente camponesa muito simples, agricultores e tecelões que viviam em harmonia sem nem um cavalo ou carroça, onde poucos sabiam ler e escrever.

O ano é 1308 e a igreja católia se alto proclama a verdadeira religião, mas as pessoas não abandonam seus costumes e suas crenças. A "heresia" continua e o Papa envia inquisidores para exterminar (sim é esta a palavra), os descrentes.

A Vila inteira foi tomada como prisioneira da inquisição porque eles habitavam e conviviam com apóstolos de uma seita cristã alternativa. Estes apótolos eram andarilhos que não tinham catedrais ou tesouros, eles simplesmente dividiam o pão e confortavam as pessoas que os chamavam de "os homens bons", sua crença era conhecida como catarismo, repetiam antigos conceitos asiáticos de dualismo do bem e do mal. Para eles apenas a obra espiritual era obra de Deus, enquanto o mundo físico restante era obra de Satã (incluindo o trabalho, o sexo, as igrejas etc). Assim eles se contraporam ao cristianismo e por esta razão foram dizimados.
 
Os freis dominicanos foram os inquisidores responsáveis por acabar com os cátaros da França. Fecharam a Vila e buscaram de casa em casa os traidores da igreja. Todos os moradores foram ouvidos, acusados e condenados. Em poucas horas o medo tomou conta da Vila, os hereges foram queimados.
 
A Vila se resumiu à 40 famílias, mas em segredo o catarismo continuava vivo nos sussuros e na memória de suas vitímas. 10 anos depois uma nova inquisição se instalou na Vila, procurando mais uma vez destruir pessoas de bem que não ofereciam nenhum perigo sobre o avanço da religião na Europa. Os penitentes foram condenados à confinamento ou à morte.


** A Inquisição católica durou mais de 600 anos de imposição ortodoxa no mundo inteiro.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A justiça perfeita

«Se um homem achar uma moça virgem não desposada e, pegando nela pela força, deitar-se com ela, e forem apanhados, o homem que se deitou com a moça dará ao pai dela cinquenta siclos de prata, e porquanto a humilhou, ela ficará sendo sua mulher; não a poderá repudiar por todos os seus dias.»
Deuteronômio 22:28-29

Aos que alegarem que esta passagem está «fora do contexto» desafio que expliquem em que contexto é que é justo e razoável forçar uma vítima de violação a casar com o agressor.

É também conveniente lembrar as palavras de Jesus em Mateus: «Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim aboli-la, mas fazê-la cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.»

Visto no: Ateismo.net

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Hipátia

ou Hipácia.
NAscida aproximadamente em 355. Hipátia era filha de Téon, um renomado filósofo, astrônomo, matemático, autor de diversas obras e professor em Alexandria (Egito).
Criada em um ambiente de idéias e filosofia, tinha uma forte ligação com o pai, que lhe transmitiu, além de conhecimentos, a forte paixão pela busca de respostas para o desconhecido. Ela era pagã.
 Era também uma devoradora de conhecimento, gostava de estudar matemática, astronomia, filosofia, religião, poesias (artes em geral). Aos 30 anos ela já era diretora da Academia de Alexandria onde estudou desde muito cedo.

Era inclusive conselheira de matemáticos confusos, com algum problema em especial, escreviam-lhe pedindo uma solução. E ela raramente os desapontava. Obcecada pelo processo de demonstração lógica, quando lhe perguntavam porque jamais se casara, respondia que já era casada com a verdade.

Mas porque ninguém nunca ouviu falar de uma mulher tão notável? Porquê uma mulher que desenvolveu estudos sobre álgebra, que escreveu um tratado sobre este assunto, que inventou o hidrômetro, que era uma "celebridade" na sua comunidade não é conhecida pela sociedade moderna? 

Culpa dos Cristãos!


O reinado de Teodósio marcou o auge de um processo de transformação do Cristianismo, que efetivamente se tornou a religião oficial do estado de Roma. No ano 391, atendendo pedido do então Patriarca de Alexandria, Teófilo autorizou a destruição do Templo de Serápis, um vasto santuário pagão onde eram oferecidos sacrifícios de sangue, segundo os relatos dos historiadores contemporâneos.

E embora a legislação procurasse coibir distúrbios, surtos de violência popular entre cristãos e judeus tornaram-se cada vez mais frequentes em Alexandria, principalmente após a ascensão de Cirilo ao Patriarcado.

E Hipátia pagou com a vida pela intolerância religiosa. 
Numa tarde de março do ano de 415, quando regressava do Museu, Hipátia foi atacada em plena rua por uma turba de cristãos enfurecidos. Ela foi golpeada, desnudada e arrastada pelas ruas da cidade até uma igreja. No interior do templo, foi cruelmente torturada até a morte, tendo o corpo dilacerado por conchas de ostras (ou cacos de cerâmica, segundo outra versão). Depois de morta, o corpo foi lançado a uma fogueira.

E o que Hipátia fez? Que crime cometeu?
Ela era uma pessoa influente e por esta razão ela tinha relações com o prefeito da cidade e por conhecer o prefeito que ordenou a execução de um monge cristão chamado Amónio, ato que enfureceu o bispo Cirilo e seus correlegionários.
O alvo de retaliação para vingar a morte do monge foi Hepátia. Neste período a população de Alexandria era conhecida pelo seu caráter extremamente violento, pois a população vivia um constante conflito entre várias facções cristãs e os pagãos também eram perseguidos sem misericórdia.
Hipátia não foi a única, nem a última, nem a mais famosa. Ela foi apenas mais uma vítima.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Intolerância Cristã

Todo cristão é intolerante.
Todo cristão acha que seu livro sagrado é o único que tem valor. Todo cristão acha que seu Deus é o único e portanto desprezam a religião dos outros.

Não me importo com nenhuma religião, por isso enxerga a parcialidade cristã muito mais ativa em relação aos outros credos.

Mas porque o cristão é intolerante? Quem foi que falou que o livro deles é melhor do que os outros livros "sagrados"? Quem disse que o Deus deles é mais importante ou mais bonito, ou mais bondoso?


SIM, foi o livro sagrado deles. Somente o livro sagrado.

A intolerãncia é ensinada na biblía, senão vejamos:

Êxodo
Deus decide matar Moisés porque o filho dele não foi circuncidado. [4:24-26]
Deus matará as crianças egípcias para mostrar que ele faz "diferença entre os egípcios e os israelitas." [11:7]
Josué, com a aprovação de Deus, mata os amalequitas "a fio de espada." [17:13]
Deus trará guerra "contra Amaleque de geração em geração." [17:14]
Deus favorece aos israelitas acima de todas as pessoas. [19:5]
Sob ordem ("Não terás outros deuses diante de mim.") são condenados aqueles que adoram qualquer outro deus. [20:3]
Aqueles que quebram o Sábado sagrado serão executados. [31:14]
Deus ordena aos filhos de Levi (Moisés, Arão, e os outros de tribos que estavam do lado de Deus) que "mate cada um a seu irmão". "E caíram do povo, aquele dia, uns três mil homens." [32:27-28]
Deus ordena que os israelitas destruam os altares e lugares de adoração das tribos pagãs. [34:11-14]
O Deus fiel, não tolerará a adoração de qualquer outro deus. [34:14]

Levítico
  Atos homossexuais são uma abominação a Deus. [18:22]
Não coma nada com sangue, não adivinhe, não corte o cabelo nem a barba, não faça nenhuma marca em você. [19:26-28]
Pessoas com deformidades não podem chegar-se ao altar de Deus. Eles o profanariam. [21:16-23]
Números
Deus mostra a sua hospitalidade com a advertência: "O estranho que se chegar morrerá." [1:51,3:10,3:38]
Os dois filhos de Arão são mortos por Deus por oferecerem um "fogo estranho perante o SENHOR." [3:4]
Deus diz para Moisés que expulse do acampamento "todo leproso, e a todo o que padece fluxo, e a todos os imundos por causa de contato com algum morto." Assim, pelas instruções de Deus, o doente é abandonado e deixado para sofrer e morrer só. [5:1-4]
Quando um homem israelita trouxe uma mulher estrangeira para casa, Finéias (o neto de Arão) "tomou uma lança na sua mão... e os atravessou a ambos." Este ato agrada tanto a Deus que "a praga cessou de sobre os filhos de Israel." Mas antes disso 24.000 já haviam morrido. [25:6-9]

Deuteronômio
"E o SENHOR os destruiu de diante de si" - este é o tratamento geral para as pessoas que foram supostamente atacadas  pelos israelitas.[2:21-22]
  Seguindo as instruções de Deus, os Israelitas destruíram "todas as cidades, e homens, e mulheres, e crianças; não deixamos a ninguém." [2:33-36]
 Se você adorar o deus errado, o Deus ciumento o matará. [6:15]
Deus ensina aos israelitas para matar, sem clemência, todos os habitantes (estranhos) das terras que eles conquistam. [7:2]
Deus proíbe matrimônios com pessoas de outras tribos. [7:3]
Se você mostra alguma clemência a tais estranhos, Deus fica tão irado que poderá destruí-lo de repente. [7:4]
Destrua os altares, imagens e os lugares de adoração daqueles com religiões diferentes. [7:5]

São tantas as mensagens intolerantes que este post não teria fim, com essas singelas frases os cristãos aprendem desde sempre que a intolerância agrada a Deus.
Deus fica contente com a sua intolerância religiosa e com o seu comportamento brutal diante de pessoas que não pensam da mesma forma.

O Deus cristão além de ser intolerante, é racista e homofóbico, sentimentos totalmente humanos que um ser superior não deveria ter.
O que me faz pensar é que se Deus é intolerante, racista e homofóbico ele não é menos humuno do que qualquer humano. Ele não é melhor e não sendo melhor ele não é superior. Não sendo um ser superior ele não pode ser Deus.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O celeiro da União Soviética

No fim da década de 1920, a fome causada pela escassez de carne e grãos ameaçava a nova União Soviética. Em 1921 e 1922, estima-se que 5 milhões de pessoas morreram de inanição e de doenças associadas, como o tifo, cólera e disenteria.

As pessoas sobreviviam com uma ração diária de 200 gramas de pão por dia e mesmo a Ucrânia possuindo terras férteis que alimentavam praticamente todo o país, a comida não era suficiente para todos. Muitos deixaram suas cidades em busca de comida. A população de Moscou se reduziu à metade em três anos. As comunidades rurais tinham alimentos, mas eles eram confiscados pelo governo ditador de Stalin. Não havia incentivo para eles produzirem mais do que o necessário para si próprias. Essas comunidades eram uma constante fonte de aborrecimento para o governo.

Mas o que fazer quando o povo sente fome?  Muito simples. A solução de Stalin foi introduzir uma política de coletivização, ou seja, cada cabeça de gado, cada espiga de milho, cada grão de trigo pertencia ao Estado. Quem tentasse obter algum lucro seria severamente punido. Quem cortasse uma estiga de milho poderia ser, e frequentemente era, condenado a dez anos num campo de trabalho forçados.

Deu certo? Óbvio que não. Esse tipo de política explora a inveja e a cobiça das pessoas, nascidas em sofrimento e vizinhos se voltavam contra vizinhos. A delação implicava em penalidades que iam desde o fuzilamento, a deportação para campos de trabalho ou recomeçar a vida numa nova fazenda, esta última tinha um toque sádico, pois, essas novas fazendas sem exceção eram situadas em terras onde nada podia ser cultivado.

Entre 1930 e 1933 cerca de 2 milhões de pessoas foram deslocadas de suas cidades para campos de trabalho em lugares como a remota Sibéria. Poucas conseguiram voltar. Em dados oficiais a Ucrânia produziu em 1931 18 milhões de toneladas de safras, o suficiente para alimentar seu povo, mas o Estado requisitou 8 milhões de toneladas da colheita. Milhões de ucranianos pereceram, os que sobreviveram sabiam que a escassez de comida era arquitetada artificialmente pela política de Stalin.

O número oficial de mortos na Ucrânia não é conhecido, mas as estimativas indicam que houve entre 5 milhões e 7 milhões de vítimas entre 1932 e 1933. Na União Soviética como um todo, os mortos foram estimados em 14 milhões.

Mas no regime comunista de ferro de Stalin a verdade não pode ser dita simplesmente, ela deve ser mascarada e negada de preferência e foi assim que em 1937 o recenseamento oficial mostrou que a população havia decrescido de modo alarmante em pouco tempo e os responsáveis pelo censo foram colocados entre as vítimas dos expurgos do governo por "se empenharem de modo traiçoeiro para diminuir a população da URSS".

Na vontade de calar a verdade Stalin liquidou a liderança política ucraniana, prendeu e executou os sete ministros mais antigos do parlamento e expulsou cerca 170 mil pessoas das suas cidades. O terror nutria-se da denúncia. A denúncia nutria-se da inveja e a inveja nutria-se da vida alheia.

Conta-se que somente uma mulher denunciou 8 mil pessoas e todas elas foram condenadas à morte. O crime mais grave era ser considerado "burguês". Era uma acusação quase impossível de ser refutada: quase tudo podia ser interpretado como prova de comportamento burguês.

 Morria-se por nada. Não bastava levar uma vida miserável, a pessoa tinha que enaltecer a pobreza e a miséria que o governo lhe impunha.