quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Hipátia

ou Hipácia.
NAscida aproximadamente em 355. Hipátia era filha de Téon, um renomado filósofo, astrônomo, matemático, autor de diversas obras e professor em Alexandria (Egito).
Criada em um ambiente de idéias e filosofia, tinha uma forte ligação com o pai, que lhe transmitiu, além de conhecimentos, a forte paixão pela busca de respostas para o desconhecido. Ela era pagã.
 Era também uma devoradora de conhecimento, gostava de estudar matemática, astronomia, filosofia, religião, poesias (artes em geral). Aos 30 anos ela já era diretora da Academia de Alexandria onde estudou desde muito cedo.

Era inclusive conselheira de matemáticos confusos, com algum problema em especial, escreviam-lhe pedindo uma solução. E ela raramente os desapontava. Obcecada pelo processo de demonstração lógica, quando lhe perguntavam porque jamais se casara, respondia que já era casada com a verdade.

Mas porque ninguém nunca ouviu falar de uma mulher tão notável? Porquê uma mulher que desenvolveu estudos sobre álgebra, que escreveu um tratado sobre este assunto, que inventou o hidrômetro, que era uma "celebridade" na sua comunidade não é conhecida pela sociedade moderna? 

Culpa dos Cristãos!


O reinado de Teodósio marcou o auge de um processo de transformação do Cristianismo, que efetivamente se tornou a religião oficial do estado de Roma. No ano 391, atendendo pedido do então Patriarca de Alexandria, Teófilo autorizou a destruição do Templo de Serápis, um vasto santuário pagão onde eram oferecidos sacrifícios de sangue, segundo os relatos dos historiadores contemporâneos.

E embora a legislação procurasse coibir distúrbios, surtos de violência popular entre cristãos e judeus tornaram-se cada vez mais frequentes em Alexandria, principalmente após a ascensão de Cirilo ao Patriarcado.

E Hipátia pagou com a vida pela intolerância religiosa. 
Numa tarde de março do ano de 415, quando regressava do Museu, Hipátia foi atacada em plena rua por uma turba de cristãos enfurecidos. Ela foi golpeada, desnudada e arrastada pelas ruas da cidade até uma igreja. No interior do templo, foi cruelmente torturada até a morte, tendo o corpo dilacerado por conchas de ostras (ou cacos de cerâmica, segundo outra versão). Depois de morta, o corpo foi lançado a uma fogueira.

E o que Hipátia fez? Que crime cometeu?
Ela era uma pessoa influente e por esta razão ela tinha relações com o prefeito da cidade e por conhecer o prefeito que ordenou a execução de um monge cristão chamado Amónio, ato que enfureceu o bispo Cirilo e seus correlegionários.
O alvo de retaliação para vingar a morte do monge foi Hepátia. Neste período a população de Alexandria era conhecida pelo seu caráter extremamente violento, pois a população vivia um constante conflito entre várias facções cristãs e os pagãos também eram perseguidos sem misericórdia.
Hipátia não foi a única, nem a última, nem a mais famosa. Ela foi apenas mais uma vítima.

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