quinta-feira, 1 de setembro de 2011

1º de setembro de 1939

O dia primeiro de setembro foi uma ensolarada sexta feira de verão. As crianças polonesas estavam prestes a começar seu novo ano letivo, mas em vez disso foram despertadas pelo som de bombardeio. Zila Rosenberg, uma mocinha judia que posteriormente se tornaria membro da resistência em Vilna, recorda o terror que sentiu: "Estou deitada num campo aberto, tentando encolher, tornar-me um minúsculo ponto invisível. Bombardeiros alemães estão passando em voo baixo. Meu coração está batendo como mil martelos; ó Deus, não permita que me façam mal".

Ás 4:45h da madrugada, o exército alemão, sem declarar guerra, cruzou as fronteiras polonesas pelo norte e pelo oeste...o primeiro ataque aereo a Varsóvia nesta manhã causou danos na área do aeroporto e em bairros residencias...os jornais impressos durante a noite ainda não dão qualquer notícia do início desses atos de guerra.
Antes da guerra a população judaica de Varsóvia era de 375.000 pessoas, quase 30% da população total da cidade. A Varsóvia judaica era uma cidade de contrates. Escritórios de partidos políticos judaicos e de muitas instituições de assistência social, educacionais e religiosas tinham suas sedes em Varsóvia. A maioria dos periódicos judeus publicados em diversas linguas, era de Varsóvia. Havia editoras, grupos de teatro e clubes esportivos judaicos. Varsóvia foi o lar de escritores e poetas. Esta Varsóvia contratava fortemente com o status deprimido e a pobreza das massas judaicas que constituiam uma parte visível da cidade.

Após apenas dois anos de ocupação alemã mais de 400.000 judeus que viviam ou passaram por Varsóvia desapareceu, reduzidos a escombros. Debaixo das ruas estão enterrados os restos materiais da cultura e da civilização judaicas. A uns 95 quilômetros de distância, nos céus em torno de Treblinka, estão as cinzas dos judeus de Varsóvia que no verão de 1942, foram levados de trem para as câmeras de gás. Horas após sua chegada, com suas posses materias confiscadas e seus cabelos raspados, foram asfixiados por gás e tiveram seus corpos cremados subindo em fumaça.


Existem pessoas que simplesmente negam o holocasto.
Existem pessoas (muitas) que alegam que eles merecem todo este castigo por terem assassinado o Messias cristão.
Existem pessoas que nunca se colocaram na posição dos judeus, nunca se imaginaram perseguidos e destruidos infinitamente por aqueles que se intitulam os verdadeiros filhos de deus, pelo simples fato de que isso não altera o curso da história.

Mas para quem conhece a história fica impossível seguir um deus tão cruel e sedento de sangue como o deus cristão.


Antes de serem pessoas de outra religião eles eram seres humanos. Que deveriam ser tratados como seres humanos.
Este é apenas um relato, inúmeros acontecimentos igualmente horríveis aconteceram por toda a Europa durante a 2º Guerra Mundial.
É importante lembrarmos para que isto nunca mais se repita
As partes destacadas em laranja são trechos do livro: Resistência - o levante do gueto de Varsóvia do autor Israel Gutman (Editora Imago)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

MITRA - O Deus Sol

Era o Deus Persa.
Existem referências à Mitra desde 1.400 anos antes de Cristo.
Ele representava a luz solar, era conhecido como o Sol Vencedor.
Deus do bem, segundo as imagens dos templos e os escassos testemunhos escritos, o deus Mitra nasceu perto de uma fonte sagrada, debaixo de uma árvore sagrada, a partir de uma rocha.

A partir do século II o culto a Mitra era dos mais importantes no Império romano e numerosos santuários foram construídos. A maior parte eram câmaras subterrâneas, com bancos em cada lado, raras vezes eram grutas artificiais.
Quando o catolicismo se tornou a religião oficial em Roma o mitraísmo também perdeu força como as demais religiões do império, mas não deixou de influenciar a nova religião do Estado.

Por exemplo:
Mitra nasceu em 25 de Dezembro
Tem forma humana
Nasceu de uma virgem
Teve 12 discípulos tendo inclusive celebrado uma santa ceia, antes de voltar à casa do pai
Lutou contra as divindades do mal
Foi batizado
Operou milagres
Morreu crucificado e ressucitou no 3º dia
Garantiu a vida eterna a quem se batizasse


Os devotos de Mitra se chamavam de irmãos, acreditavam na salvação universal, faziam uso do batismo, sacralizavam pão, água e vinho, adotavam o domingo como dia santo, criam no juízo final e na ressurreição. A sua iconografia também guarda semelhanças com a dos cristãos, pois fazia nascido entre pastores e promovia milagres como a ressurreição dos mortos. Se tornou tão popular que o filósofo Ernest Renan chegou a afirmar que, se por algum acaso, o Cristianismo tivesse sido freado em sua expansão, o Mundo ocidental seria mitraísta.

Mitra era o protetor dos justos. Um mediador entre os homens e o Ser Supremo e morreu para que todos fossem salvos.  Seus fiéis comemoravam sua ressurreição (como os cristãos comemoram a páscoa) durante cerimônias onde eram proferidas as palavras:
"Aquele que não irá comer o meu corpo e não beber o meu sangue, assim que ele seja em mim e eu nele, não será salvo."

lhe parece familiar?

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Vila Montaillou

A Vila de Montaillou ficava onde hoje é o sul da França. Era uma Vila isolada nas montanhas, de gente camponesa muito simples, agricultores e tecelões que viviam em harmonia sem nem um cavalo ou carroça, onde poucos sabiam ler e escrever.

O ano é 1308 e a igreja católia se alto proclama a verdadeira religião, mas as pessoas não abandonam seus costumes e suas crenças. A "heresia" continua e o Papa envia inquisidores para exterminar (sim é esta a palavra), os descrentes.

A Vila inteira foi tomada como prisioneira da inquisição porque eles habitavam e conviviam com apóstolos de uma seita cristã alternativa. Estes apótolos eram andarilhos que não tinham catedrais ou tesouros, eles simplesmente dividiam o pão e confortavam as pessoas que os chamavam de "os homens bons", sua crença era conhecida como catarismo, repetiam antigos conceitos asiáticos de dualismo do bem e do mal. Para eles apenas a obra espiritual era obra de Deus, enquanto o mundo físico restante era obra de Satã (incluindo o trabalho, o sexo, as igrejas etc). Assim eles se contraporam ao cristianismo e por esta razão foram dizimados.
 
Os freis dominicanos foram os inquisidores responsáveis por acabar com os cátaros da França. Fecharam a Vila e buscaram de casa em casa os traidores da igreja. Todos os moradores foram ouvidos, acusados e condenados. Em poucas horas o medo tomou conta da Vila, os hereges foram queimados.
 
A Vila se resumiu à 40 famílias, mas em segredo o catarismo continuava vivo nos sussuros e na memória de suas vitímas. 10 anos depois uma nova inquisição se instalou na Vila, procurando mais uma vez destruir pessoas de bem que não ofereciam nenhum perigo sobre o avanço da religião na Europa. Os penitentes foram condenados à confinamento ou à morte.


** A Inquisição católica durou mais de 600 anos de imposição ortodoxa no mundo inteiro.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A justiça perfeita

«Se um homem achar uma moça virgem não desposada e, pegando nela pela força, deitar-se com ela, e forem apanhados, o homem que se deitou com a moça dará ao pai dela cinquenta siclos de prata, e porquanto a humilhou, ela ficará sendo sua mulher; não a poderá repudiar por todos os seus dias.»
Deuteronômio 22:28-29

Aos que alegarem que esta passagem está «fora do contexto» desafio que expliquem em que contexto é que é justo e razoável forçar uma vítima de violação a casar com o agressor.

É também conveniente lembrar as palavras de Jesus em Mateus: «Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim aboli-la, mas fazê-la cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.»

Visto no: Ateismo.net

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Hipátia

ou Hipácia.
NAscida aproximadamente em 355. Hipátia era filha de Téon, um renomado filósofo, astrônomo, matemático, autor de diversas obras e professor em Alexandria (Egito).
Criada em um ambiente de idéias e filosofia, tinha uma forte ligação com o pai, que lhe transmitiu, além de conhecimentos, a forte paixão pela busca de respostas para o desconhecido. Ela era pagã.
 Era também uma devoradora de conhecimento, gostava de estudar matemática, astronomia, filosofia, religião, poesias (artes em geral). Aos 30 anos ela já era diretora da Academia de Alexandria onde estudou desde muito cedo.

Era inclusive conselheira de matemáticos confusos, com algum problema em especial, escreviam-lhe pedindo uma solução. E ela raramente os desapontava. Obcecada pelo processo de demonstração lógica, quando lhe perguntavam porque jamais se casara, respondia que já era casada com a verdade.

Mas porque ninguém nunca ouviu falar de uma mulher tão notável? Porquê uma mulher que desenvolveu estudos sobre álgebra, que escreveu um tratado sobre este assunto, que inventou o hidrômetro, que era uma "celebridade" na sua comunidade não é conhecida pela sociedade moderna? 

Culpa dos Cristãos!


O reinado de Teodósio marcou o auge de um processo de transformação do Cristianismo, que efetivamente se tornou a religião oficial do estado de Roma. No ano 391, atendendo pedido do então Patriarca de Alexandria, Teófilo autorizou a destruição do Templo de Serápis, um vasto santuário pagão onde eram oferecidos sacrifícios de sangue, segundo os relatos dos historiadores contemporâneos.

E embora a legislação procurasse coibir distúrbios, surtos de violência popular entre cristãos e judeus tornaram-se cada vez mais frequentes em Alexandria, principalmente após a ascensão de Cirilo ao Patriarcado.

E Hipátia pagou com a vida pela intolerância religiosa. 
Numa tarde de março do ano de 415, quando regressava do Museu, Hipátia foi atacada em plena rua por uma turba de cristãos enfurecidos. Ela foi golpeada, desnudada e arrastada pelas ruas da cidade até uma igreja. No interior do templo, foi cruelmente torturada até a morte, tendo o corpo dilacerado por conchas de ostras (ou cacos de cerâmica, segundo outra versão). Depois de morta, o corpo foi lançado a uma fogueira.

E o que Hipátia fez? Que crime cometeu?
Ela era uma pessoa influente e por esta razão ela tinha relações com o prefeito da cidade e por conhecer o prefeito que ordenou a execução de um monge cristão chamado Amónio, ato que enfureceu o bispo Cirilo e seus correlegionários.
O alvo de retaliação para vingar a morte do monge foi Hepátia. Neste período a população de Alexandria era conhecida pelo seu caráter extremamente violento, pois a população vivia um constante conflito entre várias facções cristãs e os pagãos também eram perseguidos sem misericórdia.
Hipátia não foi a única, nem a última, nem a mais famosa. Ela foi apenas mais uma vítima.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Intolerância Cristã

Todo cristão é intolerante.
Todo cristão acha que seu livro sagrado é o único que tem valor. Todo cristão acha que seu Deus é o único e portanto desprezam a religião dos outros.

Não me importo com nenhuma religião, por isso enxerga a parcialidade cristã muito mais ativa em relação aos outros credos.

Mas porque o cristão é intolerante? Quem foi que falou que o livro deles é melhor do que os outros livros "sagrados"? Quem disse que o Deus deles é mais importante ou mais bonito, ou mais bondoso?


SIM, foi o livro sagrado deles. Somente o livro sagrado.

A intolerãncia é ensinada na biblía, senão vejamos:

Êxodo
Deus decide matar Moisés porque o filho dele não foi circuncidado. [4:24-26]
Deus matará as crianças egípcias para mostrar que ele faz "diferença entre os egípcios e os israelitas." [11:7]
Josué, com a aprovação de Deus, mata os amalequitas "a fio de espada." [17:13]
Deus trará guerra "contra Amaleque de geração em geração." [17:14]
Deus favorece aos israelitas acima de todas as pessoas. [19:5]
Sob ordem ("Não terás outros deuses diante de mim.") são condenados aqueles que adoram qualquer outro deus. [20:3]
Aqueles que quebram o Sábado sagrado serão executados. [31:14]
Deus ordena aos filhos de Levi (Moisés, Arão, e os outros de tribos que estavam do lado de Deus) que "mate cada um a seu irmão". "E caíram do povo, aquele dia, uns três mil homens." [32:27-28]
Deus ordena que os israelitas destruam os altares e lugares de adoração das tribos pagãs. [34:11-14]
O Deus fiel, não tolerará a adoração de qualquer outro deus. [34:14]

Levítico
  Atos homossexuais são uma abominação a Deus. [18:22]
Não coma nada com sangue, não adivinhe, não corte o cabelo nem a barba, não faça nenhuma marca em você. [19:26-28]
Pessoas com deformidades não podem chegar-se ao altar de Deus. Eles o profanariam. [21:16-23]
Números
Deus mostra a sua hospitalidade com a advertência: "O estranho que se chegar morrerá." [1:51,3:10,3:38]
Os dois filhos de Arão são mortos por Deus por oferecerem um "fogo estranho perante o SENHOR." [3:4]
Deus diz para Moisés que expulse do acampamento "todo leproso, e a todo o que padece fluxo, e a todos os imundos por causa de contato com algum morto." Assim, pelas instruções de Deus, o doente é abandonado e deixado para sofrer e morrer só. [5:1-4]
Quando um homem israelita trouxe uma mulher estrangeira para casa, Finéias (o neto de Arão) "tomou uma lança na sua mão... e os atravessou a ambos." Este ato agrada tanto a Deus que "a praga cessou de sobre os filhos de Israel." Mas antes disso 24.000 já haviam morrido. [25:6-9]

Deuteronômio
"E o SENHOR os destruiu de diante de si" - este é o tratamento geral para as pessoas que foram supostamente atacadas  pelos israelitas.[2:21-22]
  Seguindo as instruções de Deus, os Israelitas destruíram "todas as cidades, e homens, e mulheres, e crianças; não deixamos a ninguém." [2:33-36]
 Se você adorar o deus errado, o Deus ciumento o matará. [6:15]
Deus ensina aos israelitas para matar, sem clemência, todos os habitantes (estranhos) das terras que eles conquistam. [7:2]
Deus proíbe matrimônios com pessoas de outras tribos. [7:3]
Se você mostra alguma clemência a tais estranhos, Deus fica tão irado que poderá destruí-lo de repente. [7:4]
Destrua os altares, imagens e os lugares de adoração daqueles com religiões diferentes. [7:5]

São tantas as mensagens intolerantes que este post não teria fim, com essas singelas frases os cristãos aprendem desde sempre que a intolerância agrada a Deus.
Deus fica contente com a sua intolerância religiosa e com o seu comportamento brutal diante de pessoas que não pensam da mesma forma.

O Deus cristão além de ser intolerante, é racista e homofóbico, sentimentos totalmente humanos que um ser superior não deveria ter.
O que me faz pensar é que se Deus é intolerante, racista e homofóbico ele não é menos humuno do que qualquer humano. Ele não é melhor e não sendo melhor ele não é superior. Não sendo um ser superior ele não pode ser Deus.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O celeiro da União Soviética

No fim da década de 1920, a fome causada pela escassez de carne e grãos ameaçava a nova União Soviética. Em 1921 e 1922, estima-se que 5 milhões de pessoas morreram de inanição e de doenças associadas, como o tifo, cólera e disenteria.

As pessoas sobreviviam com uma ração diária de 200 gramas de pão por dia e mesmo a Ucrânia possuindo terras férteis que alimentavam praticamente todo o país, a comida não era suficiente para todos. Muitos deixaram suas cidades em busca de comida. A população de Moscou se reduziu à metade em três anos. As comunidades rurais tinham alimentos, mas eles eram confiscados pelo governo ditador de Stalin. Não havia incentivo para eles produzirem mais do que o necessário para si próprias. Essas comunidades eram uma constante fonte de aborrecimento para o governo.

Mas o que fazer quando o povo sente fome?  Muito simples. A solução de Stalin foi introduzir uma política de coletivização, ou seja, cada cabeça de gado, cada espiga de milho, cada grão de trigo pertencia ao Estado. Quem tentasse obter algum lucro seria severamente punido. Quem cortasse uma estiga de milho poderia ser, e frequentemente era, condenado a dez anos num campo de trabalho forçados.

Deu certo? Óbvio que não. Esse tipo de política explora a inveja e a cobiça das pessoas, nascidas em sofrimento e vizinhos se voltavam contra vizinhos. A delação implicava em penalidades que iam desde o fuzilamento, a deportação para campos de trabalho ou recomeçar a vida numa nova fazenda, esta última tinha um toque sádico, pois, essas novas fazendas sem exceção eram situadas em terras onde nada podia ser cultivado.

Entre 1930 e 1933 cerca de 2 milhões de pessoas foram deslocadas de suas cidades para campos de trabalho em lugares como a remota Sibéria. Poucas conseguiram voltar. Em dados oficiais a Ucrânia produziu em 1931 18 milhões de toneladas de safras, o suficiente para alimentar seu povo, mas o Estado requisitou 8 milhões de toneladas da colheita. Milhões de ucranianos pereceram, os que sobreviveram sabiam que a escassez de comida era arquitetada artificialmente pela política de Stalin.

O número oficial de mortos na Ucrânia não é conhecido, mas as estimativas indicam que houve entre 5 milhões e 7 milhões de vítimas entre 1932 e 1933. Na União Soviética como um todo, os mortos foram estimados em 14 milhões.

Mas no regime comunista de ferro de Stalin a verdade não pode ser dita simplesmente, ela deve ser mascarada e negada de preferência e foi assim que em 1937 o recenseamento oficial mostrou que a população havia decrescido de modo alarmante em pouco tempo e os responsáveis pelo censo foram colocados entre as vítimas dos expurgos do governo por "se empenharem de modo traiçoeiro para diminuir a população da URSS".

Na vontade de calar a verdade Stalin liquidou a liderança política ucraniana, prendeu e executou os sete ministros mais antigos do parlamento e expulsou cerca 170 mil pessoas das suas cidades. O terror nutria-se da denúncia. A denúncia nutria-se da inveja e a inveja nutria-se da vida alheia.

Conta-se que somente uma mulher denunciou 8 mil pessoas e todas elas foram condenadas à morte. O crime mais grave era ser considerado "burguês". Era uma acusação quase impossível de ser refutada: quase tudo podia ser interpretado como prova de comportamento burguês.

 Morria-se por nada. Não bastava levar uma vida miserável, a pessoa tinha que enaltecer a pobreza e a miséria que o governo lhe impunha.

segunda-feira, 28 de março de 2011

O massacre de Oradour sur Glane

França 1944, segunda guerra mundial.
Oradour sur Glane era uma pequena comunidade pertencente a aldeia de Haute-Vienne, localizada na região noroeste de Limonges. Nesta pequena vila aconteceu um dos maiores massacres de cicvis cometidos na França, pelos exércitos alemães.

190 homens morreram metralhados.
245 mulhres morreram queimadas vivas dentro da igreja ou metralhadas, junto à elas suas 207 crianças.
Total de assassinatos? 642.

Motivo?
Em 10 de junho de 1944, nas proximidades da vila de Oradour-sur-Glane, o comandante Adolf Diekmann, comunicou a seus oficiais subordinados que havia sido avisado por dois civis franceses da região que um oficial SS havia sido preso pelos guerrilheiros da resistência francesa na cidade e seria executado e queimado publicamente nos próximos dias.

No começo da tarde, os SS cercaram e fecharam a cidadezinha e o comando convocou toda a população para a praça principal a fim de fazer uma verificação de documentos. Homens e mulheres foram separados, os homens levados a celeiros e garagens das redondezas e as mulheres e crianças fechadas na igreja.

Nos celeiros, onde os habitantes masculinos eram esperados por metralhadoras montadas em tripés, todos foram fuzilados e os celeiros queimados com seus corpos dentro. Dos 195 homens de Oradour presos, apenas cinco escaparam. Enquanto isso, outros SS jogavam tochas incendiárias dentro da igreja onde se encontravam trancadas as mulheres e crianças, causando um incêndio generalizado. Os sobreviventes que tentavam escapar pelas janelas eram metralhados por soldados colocados em posição do lado de fora.

O comando superior da divisão nazista considerou que o comandante Dieckman havia extrapolado em muito suas ordens - fazer 30 franceses de reféns e usá-los como moeda de troca pelo suposto oficial nazista prisioneiro - e abriu uma investigação judicial militar. Diekman não chegou a ser julgado, morrendo em combate pouco dias depois do massacre, junto com a maior parte dos soldados que destruíram Oradour-sur-Glane.

Nunca reconstruiram Oradour, suas ruínas são um memorial ao martírio sofrido pelo povo francês em poucas horas.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Como nasceu o mito Jesus Cristo

Desde o ano 10.000 A.C. a história está repleta de pinturas e escritos que refletem o respeito do povo antigo ao sol.

Esta estrela brilhante que dá a vida aos seres vivos do nosso planeta, que traz a visão, o calor, a segurança, que nos salva do frio e do breu da noite que sempre foi repleta de predadores.

O povo antigo percebeu que sem ele, não haveria colheitas, não haveria vida. Isto é uma realidade e portanto o sol sempre foi adorado pelos seres humanos.

Além de adorar e estudar por assim dizer o sol, várias sociedades antigas perceberam a posição das estrelas e verificaram que existia um padrão entre elas, o que permitiu que eles pudessem prever alguns eventos que ocorriam de tempos em tempos de acordo com a posição desses astros, por exemplo, os eclipses e as luas cheias, catalogaram inclusive grupos de estrelas que hoje nós chamamos de constelação.

O símbolo do zodíaco é desta época, ele representa o trajeto do sol através das 12 maiores constelações, os meses e as estações climáticas durante um ano. Podemos dizer então que as civilizações antigas não só seguiam o sol e as estrelas como também as personificavam os seus movimentos e as suas relações.



Em outras palavras o sol era semelhante a um Deus todo poderoso, salvador da humanidade.

E foi assim que nasceram diversos deuses em várias culturas diferentes, entretanto sempre com as caracteristicas da grande bola de fogo que paira singelamente neste céu.

Hórus - É o Deus sol do Egito que foi adorado à 3.000 A.C., sua vida é uma série de mitos que envolvem o movimento do sol no céu. Hórus tinha como inimigo o Deus Set, que era a personificação da noite e das trevas e metafóricamente falando Hórus ganhava a batalha todas as manhãs contra Set, trazendo a luz para o povo e esta eterna batalha entre luz vs trevas ou o bem vs o mal tem sido a dualidade mitológica que se faz presente até hoje.

Hórus nasceu no dia 25 de dezembro, da virgem Isis-Meri, o seu nascimento foi acompanhado por uma estrela a Leste, que por sua vez foi seguida por 3 reis em busca do salvador. Aos 12 anos Hórus era uma criança prodígio e aos 30 foi batizado por uma entidade conhecida por Anup e assim começou o seu reinado.

Hórus tinha 12 discípulos que viajaram com ele para curar enfermos, fazer milagres e andar sobre a água. Depois de traido por Tifão, Hórus foi crucificado, enterrado e ressucitou 3 dias depois.

Esse atributos originais de Hórus (ou não), parecem influenciar várias culturas mundiais e mitos de outros deuses encontrados com a mesma estrutura mitológica.

Certamente você já ouviu outra história de um Deus sol (salvador) com esta estrutura de vida.
Mas não fique chateado, Jesus não foi o único a se aproveitar de um mito para virar celebridade religiosa.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Caça as Bruxas

Mais um filme para lembrar a tradição Cristã


A Santa Inquisição teve seu início no ano de 1184, em Verona, com o Papa Lúcio III. Em 1198, o Papa Inocêncio III já havia liderado uma cruzada contra os albigenses (hereges do sul da França), promovendo execuções em massa. Em 1229, sob a liderança do Papa Gregório IX, no Concílio de Tolouse, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício. Em 1252, o Papa Inocêncio IV publicou o documento intitulado Ad Exstirpanda, que foi fundamental na execução do plano de exterminar os hereges. 

O Ad Exstirpanda foi renovado e reforçado por vários papas nos anos seguintes. Em 1320, a Igreja (a pedido do Papa João XXII) declarou oficialmente que a Bruxaria, e a Antiga Religião dos pagãos constituíam um movimento e uma "ameaça hostil" ao cristianismo.

Os inquisidores, cidadãos encarregados de investigar e denunciar os hereges, eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil. Inquisidores e informantes eram muito bem pagos. Todos os que testemunhassem contra uma pessoa supostamente herege, recebiam uma parte de suas propriedades e riquezas, caso a vítima fosse condenada. 

Geralmente as vítimas não conheciam seus acusadores, que podiam ser homens, mulheres e até crianças. O processo de acusação, julgamento e execução era rápido, sem formalidades, sem direito à defesa. Ao réu, a única alternativa era confessar e retratar-se, renunciar sua fé e aceitar o domínio e a autoridade da Igreja Católica. Os direitos de liberdade e de livre escolha não eram respeitados. Os acusados eram feitos prisioneiros e, sob tortura, obrigados a confessarem sua condição herética. As mulheres, que eram a maioria, comumente eram vítimas de estupro. A execução era realizada, geralmente, em praça pública sob os olhos de todos os moradores. Punir publicamente era uma forma de coagir e intimidar a população. A vítima podia ser enforcada, decapitada, ou, na maioria das vezes, queimada.

Milhares de inocentes foram assassinados por inveja, ciúmes, desprezo, vingança ou qualquer  outro sentimento egoísta. O pesquisador Justine Glass afirma que cerca de nove milhões de pessoas foram acusadas e mortas, entre os séculos que durou a perseguição.


**Behmen (Nicolas Cage) é um cavaleiro que, depois de vários anos lutando nas Cruzadas, perdeu algumas batalhas, muitos amigos e até a fé. De volta à sua terra natal, ele encontra uma Europa devastada pela fome e a peste negra. Ele se une a um grupo de guerreiros encarregados de levar uma garota, suspeita de ser bruxa, para um monastério distante.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O que um ateu faz no Natal e no ano novo?

Eu não dou a mímina para o Natal, mas minha mãe nasceu justamente neste dia então nós comemoramos o aniversário dela.

Na minha casa nunca ficamos acordados até meia noite para trocar presentes. Nós sempre ganhamos presentes no final do ano, mas por que passamos de ano na escola ou nos comportamos bem, nunca por causa do Natal.
Só minha mãe ganha presente no dia 25/12. Fui criada assim nunca achei estranho.

Quando comecei a namorar o meu marido precebi que minha família era diferente, porque na casa deles tinha papai noel e o escambau, e eu conheci de fato essa babaquice cristã de trocar presentes com quem você não gosta e dar tapinhas nas costas de gente que você odiou o ano todo.
Enfim.

Todo ano é a mesma coisa na família do meu marido, compramos presentes para o papai noel entregar, brincamos de amigo secreto (família grande é ruim por causa disso) e comemos o presépio de lambuja.

No dia 25 eu comemoro o aniversário da minha mãe com a minha família e nada muda nessa vida.

O tal do ano novo é ainda pior. Porque se eu não sou cristã não me importo com essa tal passagem de ciclo depois de 365 dias e muito menos com essa falsa idéia de que o mundo vai melhorar com a chegada de um ano novo.

Minha contagem de tempo é diferente porque não conto a vida a partir da vida de cristo, conto a partir da minha, ou seja, estou terminando o ano 36 (minha idade) e a minha vida vai mudar somente se eu fizer alguma coisa neste sentido e não porque os astros vão me trazer dinheiro e fama.

Não importa quantos anos tem o mundo cristão, não vou viver todos os anos mesmo.
Quando o papa Gregório XIII mudou o calendário ele queria ajustar o ano com o ano solar e para isso teve que sumir com dez dias (de 5 a 14 de Outubro de 1582), quando o novo calendário entrou em vigor na Europa católica. Demorou três séculos para os países adotarem o bendito. E daí que só então ficou estabelecido que o ano começa no dia 1º de janeiro.




Ah....mas e a esperança, o que se faz com ela? Esperança de quê?
De que as pessoas vão melhorar?
De que o mundo será um lugar melhor para se viver?
De que vamos ganhar muito dinheiro sem trabalhar?
De que a fome irá acabar no mundo?
Isso é ILUSÃO e não esperança.

Quer mais saúde? Se alimente melhor e faça exercícios físicos.
Mais dinheiro? Estude, aó assim você será promovido.
Se livrar das contas? Trabalhe mais e gaste menos.
Um novo amor? Tente entender e aceitar as pessoas como elas são.

Tudo dependo somente de você. Nada de planetas em conjunção, simpatias, amarrações ou coisas do tipo, cada coisa só muda porque alguém fez com que ela mudasse.

Por isso existem pessoas com mais que outras.
Por isso comemorar o começo de um ano novo (que só o novo é bom para melhorar a vida de alguém)não faz o menor sentido.

Mas e as vendas? É verdade precisamos de algum motivo para gastar e comprar cada vez mais.
Consumir desenfreadamente tudo o que for possível. Qual o motivo de comprar roupa nova para a passagem de ano? Sinceramente não sei. A roupa vai influenciar a sua vida, suas decisões e atitudes?

As festividades de final de ano para um ateu não faz o menor sentido, assim como tantas outras passagens e crendices.