sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ianomamis

Um dos maiores grupos étnicos indígenas existentes no país, os ianomamis habitam há mais de três mil anos a região montanhosa que hoje separa o Brasil da Venezuela.

A palavra ianomami significa ser humano mas na tribo todo ianomami tem o dever de ser violento.

Violento aliás não só com o estrangeiro, violência alardeada dentro da tribo. São responsáveis por muitas mortes de mulheres, crianças, homens. Eles se matam por qualquer motivo.
O infanticídio indigena por exemplo é devastador nas tribos ianomamis. Eles matam os gêmeos, os filhos de mães solteiras, crianças com problemas mentais ou físicos, ou portador de qualquer doença não identificada pela tribo.


Os homens se matam por que acreditam que receberão privilégios sexuais se sobreviverem aos ataques e realmente muitos conseguem.
Parece que somente os ferozes são capazes de procriar.

As mulheres também matam. Matam seus próprios filhos. Enterram as crianças vivas, enforcam, quebram os pescoços.

As tribos ainda acreditam que o pajé faz feitiços para que nasçam 2, 3 ou mais crianças e essa lenda não melhora a vida deles, pelo contrário a vida se torna sem sentido, já que uma mulher solteira deve matar quantos filhos tiver. Qual o sentido disso?

As tribos são isoladas e o governo federal acredita que qualquer intervenção da sociedade trará mais prejuízos do que benefícios a estes povos.

Não podemos tratar os índios do sarampo, da tuberculose, da malária? É melhor que eles morram ao invés de interferir na questão da saúde por exemplo?

 A nossa cultura não deve ser imposta a eles, mas pode, e deve, ser discutida, assim como religião. Ainda mais nos casos onde ela atenta, direta ou indiretamente, contra a vida, seja ela humana ou não.
Muitas doenças que são desconhecidas pelas tribos podem ser tratadas, então a pergunta é: por que sacrificar vidas humanas em favor de conceitos pré históriocos de um povoado que resistiu ao tempo somente pela violência?

Porquê devemos aceitar a mortalidade infantil dos ianomamis como algo "cultural"?
A lei cultural indígina não pode se submeter a lei maior que rege o país? Quem, ou "o que" determinará o futuro dos ianomamis? Quem construiu o passado? Quem orienta o presente?

Aqui, identificamos um ponto frágil da nossa soberania, o qual se traduz em FALTA DE CONHECIMENTO. Das tribos, da sociedade, da FUNAI enfim...

O quê fazer?


“Nenhuma criança tem culpa de nascer, todas as crianças têm o direito de viver. A cada criança que morre, morrem com ela o sonho e a esperança de alguém que poderia ser importante para sua comunidade, capaz de produzir mudanças, e reconstruir a história de seu povo.”



Edson Bakairi, líder indígena do Mato Grosso

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