Nesta época do ano na Europa, o gelo e a neve começam a desaparecer, as plantas começam a renascer e até os animais voltam a aparecer.
Terminou o inverno e comemora-se a época do renascimento da natureza. Tempo de plantar e cultivar os campos, do acasalamento dos animais e antigamente era época também de grandes festas, que celebravam o inicio de um novo ciclo de agricultura.
FESTAS PAGÃS.
Antes de semear a terra era de bom agrado pedir aos deuses uma terra fértil e uma boa colheita, caso contrário haveria fome no inverno. Essas festas eram muito importantes, estavam ligadas à continuidade natural da vida e ao renascimento da agricultura.
Lembrando que na Europa o inverno é rigoroso e que grande parte da população antiga dependia da colheita para sobreviver. Portanto era muito importante pedir e agradecer.
Com a expansão do cristianismo, a Igreja ao invés de tentar erradicar essas festas pagãs, que eram tão importantes e arraigadas aos costumes da população, ardilosamente optou por incorporá-las a sua liturgia.
Assim sugiu o feriado da Páscoa, que deveria coincidir com a celebração do início da primavera nas festas pagãs.
As adaptações feitas pela Igreja tiveram o cuidado de criar mitos que se ajustassem perfeitamente aos simbolos adorados nas festas pagãs. Por exemplo o renascimento da natureza virou o renascimento de Jesus e o jejum tomou o lugar dos rituais sexuais que representavam a fertilidade.
O povo pagão pouco ligava para as novas ordens clericais e mesmo proibidas as festas rolavam até acabar o vinho. Não adiantava simplesmente proibir o povão queria axé e muito amor livre.
Com as modificações do tema da festa todo mundo ficou feliz. O povo pagão continuou comemorando a chegada da primavera e a Igreja usurpou o conceito de passagem também festejado pelo povo.
*Na cultura judaica a festa da Páscoa (Pessach) também simboliza uma passagem, no caso da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida.
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