terça-feira, 17 de agosto de 2010

Como se mede a inteligência de um animal?

As vezes recebemos a notícia de que cientistas ficaram milhares de horas testando e verificando se realmente o macaco, o cachorro, o golfinho, o polvo Paul etc são inteligentes ou não.

O problema de se estabelecer a inteligência de um cão, por exemplo, como no artigo “Quantas Palavras os Cães Entendem” (http://casa.hsw.uol.com.br/caes-e-palavras.htm) é o viés antropocêntrico, ou seja, a “régua” que mede tal inteligência é baseada no ser humano.

Usam-se padrões humanos para medir inteligência dos animais.Mas porque não usar parâmetros caninos para medir a inteligência de seres humanos? Parâmetros como olfato, visão, audição, instinto de sobrevivência, lealdade, amizade, amor incondicional, geolocalização (sem usar GPS), honestidade, pureza, humor...

Para o ser humano outro ser vivo só é inteligente se ele conseguir se igualar mentalmente ao famigerado Homo Sapiens (homem sábio).  E esta suposta capacidade mental faz do ser humano uma raça que se auto intitula superior a qualquer outra.
 
Mas voltando ao parâmetro de comparação, se nós usarmos padrões caninos para julgar a inteligência humana, somos completos IDIOTAS. Quer uma prova? Cães conseguem identificar palavras humanas, mas quantos latidos você (nós como um todo) é capaz de identificar? Somos capazes de estabelecer comunicação direta com algum animal, sem precisar ensinar para ele algo que nós entendemos? (Como a linguagem de sinais perfeitamente assimilada pelos nossos primos macacos)
 
Sem contar que os animais se expresam de outras formas, além dos sons. Um posicionamento de orelhas, um arquear do corpo, um esticar de pescoço dizem de forma absolutamente efetiva e sem engano o que querem, o que pretendem, ao contrário das palavras que muitas vezes nos enganam, nos confundem, nos levam ao erro.


Outro detalhe importante: irracionais como são chamados, os animais são perfeitamente adaptados a viver no planeta sem destruí-lo, sem deformá-lo, sem poluí-lo, coisas que nós humanos, inteligentíssimos, não conseguimos ainda, mesmo depois de tanta evolução. Não temos a capacidade intelectual de viver em harmonia com o meio ambiente, precisamos incondicionalmente matar os animais para comer, para satisfazer o instinto assassino, para lucrar, para aprender ou por pura diversão. Não somos capazes de entender que fazemos parte de um ciclo de vida e não controladores dela.
Então a grande pergunta é: Quem é mais inteligente e o que é inteligência para você?

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