segunda-feira, 28 de março de 2011

O massacre de Oradour sur Glane

França 1944, segunda guerra mundial.
Oradour sur Glane era uma pequena comunidade pertencente a aldeia de Haute-Vienne, localizada na região noroeste de Limonges. Nesta pequena vila aconteceu um dos maiores massacres de cicvis cometidos na França, pelos exércitos alemães.

190 homens morreram metralhados.
245 mulhres morreram queimadas vivas dentro da igreja ou metralhadas, junto à elas suas 207 crianças.
Total de assassinatos? 642.

Motivo?
Em 10 de junho de 1944, nas proximidades da vila de Oradour-sur-Glane, o comandante Adolf Diekmann, comunicou a seus oficiais subordinados que havia sido avisado por dois civis franceses da região que um oficial SS havia sido preso pelos guerrilheiros da resistência francesa na cidade e seria executado e queimado publicamente nos próximos dias.

No começo da tarde, os SS cercaram e fecharam a cidadezinha e o comando convocou toda a população para a praça principal a fim de fazer uma verificação de documentos. Homens e mulheres foram separados, os homens levados a celeiros e garagens das redondezas e as mulheres e crianças fechadas na igreja.

Nos celeiros, onde os habitantes masculinos eram esperados por metralhadoras montadas em tripés, todos foram fuzilados e os celeiros queimados com seus corpos dentro. Dos 195 homens de Oradour presos, apenas cinco escaparam. Enquanto isso, outros SS jogavam tochas incendiárias dentro da igreja onde se encontravam trancadas as mulheres e crianças, causando um incêndio generalizado. Os sobreviventes que tentavam escapar pelas janelas eram metralhados por soldados colocados em posição do lado de fora.

O comando superior da divisão nazista considerou que o comandante Dieckman havia extrapolado em muito suas ordens - fazer 30 franceses de reféns e usá-los como moeda de troca pelo suposto oficial nazista prisioneiro - e abriu uma investigação judicial militar. Diekman não chegou a ser julgado, morrendo em combate pouco dias depois do massacre, junto com a maior parte dos soldados que destruíram Oradour-sur-Glane.

Nunca reconstruiram Oradour, suas ruínas são um memorial ao martírio sofrido pelo povo francês em poucas horas.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Como nasceu o mito Jesus Cristo

Desde o ano 10.000 A.C. a história está repleta de pinturas e escritos que refletem o respeito do povo antigo ao sol.

Esta estrela brilhante que dá a vida aos seres vivos do nosso planeta, que traz a visão, o calor, a segurança, que nos salva do frio e do breu da noite que sempre foi repleta de predadores.

O povo antigo percebeu que sem ele, não haveria colheitas, não haveria vida. Isto é uma realidade e portanto o sol sempre foi adorado pelos seres humanos.

Além de adorar e estudar por assim dizer o sol, várias sociedades antigas perceberam a posição das estrelas e verificaram que existia um padrão entre elas, o que permitiu que eles pudessem prever alguns eventos que ocorriam de tempos em tempos de acordo com a posição desses astros, por exemplo, os eclipses e as luas cheias, catalogaram inclusive grupos de estrelas que hoje nós chamamos de constelação.

O símbolo do zodíaco é desta época, ele representa o trajeto do sol através das 12 maiores constelações, os meses e as estações climáticas durante um ano. Podemos dizer então que as civilizações antigas não só seguiam o sol e as estrelas como também as personificavam os seus movimentos e as suas relações.



Em outras palavras o sol era semelhante a um Deus todo poderoso, salvador da humanidade.

E foi assim que nasceram diversos deuses em várias culturas diferentes, entretanto sempre com as caracteristicas da grande bola de fogo que paira singelamente neste céu.

Hórus - É o Deus sol do Egito que foi adorado à 3.000 A.C., sua vida é uma série de mitos que envolvem o movimento do sol no céu. Hórus tinha como inimigo o Deus Set, que era a personificação da noite e das trevas e metafóricamente falando Hórus ganhava a batalha todas as manhãs contra Set, trazendo a luz para o povo e esta eterna batalha entre luz vs trevas ou o bem vs o mal tem sido a dualidade mitológica que se faz presente até hoje.

Hórus nasceu no dia 25 de dezembro, da virgem Isis-Meri, o seu nascimento foi acompanhado por uma estrela a Leste, que por sua vez foi seguida por 3 reis em busca do salvador. Aos 12 anos Hórus era uma criança prodígio e aos 30 foi batizado por uma entidade conhecida por Anup e assim começou o seu reinado.

Hórus tinha 12 discípulos que viajaram com ele para curar enfermos, fazer milagres e andar sobre a água. Depois de traido por Tifão, Hórus foi crucificado, enterrado e ressucitou 3 dias depois.

Esse atributos originais de Hórus (ou não), parecem influenciar várias culturas mundiais e mitos de outros deuses encontrados com a mesma estrutura mitológica.

Certamente você já ouviu outra história de um Deus sol (salvador) com esta estrutura de vida.
Mas não fique chateado, Jesus não foi o único a se aproveitar de um mito para virar celebridade religiosa.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Caça as Bruxas

Mais um filme para lembrar a tradição Cristã


A Santa Inquisição teve seu início no ano de 1184, em Verona, com o Papa Lúcio III. Em 1198, o Papa Inocêncio III já havia liderado uma cruzada contra os albigenses (hereges do sul da França), promovendo execuções em massa. Em 1229, sob a liderança do Papa Gregório IX, no Concílio de Tolouse, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício. Em 1252, o Papa Inocêncio IV publicou o documento intitulado Ad Exstirpanda, que foi fundamental na execução do plano de exterminar os hereges. 

O Ad Exstirpanda foi renovado e reforçado por vários papas nos anos seguintes. Em 1320, a Igreja (a pedido do Papa João XXII) declarou oficialmente que a Bruxaria, e a Antiga Religião dos pagãos constituíam um movimento e uma "ameaça hostil" ao cristianismo.

Os inquisidores, cidadãos encarregados de investigar e denunciar os hereges, eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil. Inquisidores e informantes eram muito bem pagos. Todos os que testemunhassem contra uma pessoa supostamente herege, recebiam uma parte de suas propriedades e riquezas, caso a vítima fosse condenada. 

Geralmente as vítimas não conheciam seus acusadores, que podiam ser homens, mulheres e até crianças. O processo de acusação, julgamento e execução era rápido, sem formalidades, sem direito à defesa. Ao réu, a única alternativa era confessar e retratar-se, renunciar sua fé e aceitar o domínio e a autoridade da Igreja Católica. Os direitos de liberdade e de livre escolha não eram respeitados. Os acusados eram feitos prisioneiros e, sob tortura, obrigados a confessarem sua condição herética. As mulheres, que eram a maioria, comumente eram vítimas de estupro. A execução era realizada, geralmente, em praça pública sob os olhos de todos os moradores. Punir publicamente era uma forma de coagir e intimidar a população. A vítima podia ser enforcada, decapitada, ou, na maioria das vezes, queimada.

Milhares de inocentes foram assassinados por inveja, ciúmes, desprezo, vingança ou qualquer  outro sentimento egoísta. O pesquisador Justine Glass afirma que cerca de nove milhões de pessoas foram acusadas e mortas, entre os séculos que durou a perseguição.


**Behmen (Nicolas Cage) é um cavaleiro que, depois de vários anos lutando nas Cruzadas, perdeu algumas batalhas, muitos amigos e até a fé. De volta à sua terra natal, ele encontra uma Europa devastada pela fome e a peste negra. Ele se une a um grupo de guerreiros encarregados de levar uma garota, suspeita de ser bruxa, para um monastério distante.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O que um ateu faz no Natal e no ano novo?

Eu não dou a mímina para o Natal, mas minha mãe nasceu justamente neste dia então nós comemoramos o aniversário dela.

Na minha casa nunca ficamos acordados até meia noite para trocar presentes. Nós sempre ganhamos presentes no final do ano, mas por que passamos de ano na escola ou nos comportamos bem, nunca por causa do Natal.
Só minha mãe ganha presente no dia 25/12. Fui criada assim nunca achei estranho.

Quando comecei a namorar o meu marido precebi que minha família era diferente, porque na casa deles tinha papai noel e o escambau, e eu conheci de fato essa babaquice cristã de trocar presentes com quem você não gosta e dar tapinhas nas costas de gente que você odiou o ano todo.
Enfim.

Todo ano é a mesma coisa na família do meu marido, compramos presentes para o papai noel entregar, brincamos de amigo secreto (família grande é ruim por causa disso) e comemos o presépio de lambuja.

No dia 25 eu comemoro o aniversário da minha mãe com a minha família e nada muda nessa vida.

O tal do ano novo é ainda pior. Porque se eu não sou cristã não me importo com essa tal passagem de ciclo depois de 365 dias e muito menos com essa falsa idéia de que o mundo vai melhorar com a chegada de um ano novo.

Minha contagem de tempo é diferente porque não conto a vida a partir da vida de cristo, conto a partir da minha, ou seja, estou terminando o ano 36 (minha idade) e a minha vida vai mudar somente se eu fizer alguma coisa neste sentido e não porque os astros vão me trazer dinheiro e fama.

Não importa quantos anos tem o mundo cristão, não vou viver todos os anos mesmo.
Quando o papa Gregório XIII mudou o calendário ele queria ajustar o ano com o ano solar e para isso teve que sumir com dez dias (de 5 a 14 de Outubro de 1582), quando o novo calendário entrou em vigor na Europa católica. Demorou três séculos para os países adotarem o bendito. E daí que só então ficou estabelecido que o ano começa no dia 1º de janeiro.




Ah....mas e a esperança, o que se faz com ela? Esperança de quê?
De que as pessoas vão melhorar?
De que o mundo será um lugar melhor para se viver?
De que vamos ganhar muito dinheiro sem trabalhar?
De que a fome irá acabar no mundo?
Isso é ILUSÃO e não esperança.

Quer mais saúde? Se alimente melhor e faça exercícios físicos.
Mais dinheiro? Estude, aó assim você será promovido.
Se livrar das contas? Trabalhe mais e gaste menos.
Um novo amor? Tente entender e aceitar as pessoas como elas são.

Tudo dependo somente de você. Nada de planetas em conjunção, simpatias, amarrações ou coisas do tipo, cada coisa só muda porque alguém fez com que ela mudasse.

Por isso existem pessoas com mais que outras.
Por isso comemorar o começo de um ano novo (que só o novo é bom para melhorar a vida de alguém)não faz o menor sentido.

Mas e as vendas? É verdade precisamos de algum motivo para gastar e comprar cada vez mais.
Consumir desenfreadamente tudo o que for possível. Qual o motivo de comprar roupa nova para a passagem de ano? Sinceramente não sei. A roupa vai influenciar a sua vida, suas decisões e atitudes?

As festividades de final de ano para um ateu não faz o menor sentido, assim como tantas outras passagens e crendices.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O que vale mais que diamante?

Água.


Nesta foto, dois sudaneses bebem água dos pântanos com tubos plásticos, especialmente concebidos para este fim, com filtro para filtrar as larvas flutuantes responsáveis pela enfermidade da lombriga de Guiné. O programa distribuiu milhões de tubos e já conseguiu reduzir em 70% esta enfermidade debilitante.








Enquanto isso na terra brasilis todo mundo joga água limpa fora.
Lavam o chão com água limpa ao invés de usar a água de sai da máquina de lavar roupas, qua aliás já vem até com sabão.
É de sentir vergonha de um povo tão ignorante.
Não desperdice o seu maior bem.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O vigor da crença

Ao ler a notícia abaixo achei que fosse piada de algum imbecil.


Depois de verificar surpreendentemente não se trata de piada, é real.
O que dizer à respeito? Para um Cristão a resposta é: Claro islamicos são todos loucos!

Para um islamico a resposta é: Foi feita a vontade do livro sagrado Alcorão -

Os homens têm autoridade sobre as mulheres, pelo que Allah preferiu alguns a outros, e pelo que despendem de suas riquezas. Então, as íntegras são devotas, custódias da honra, na ausência dos maridos. E àquelas de quem temeis a desobediência, exortai-as, pois, e abandonai-as no leito, e batei-lhes…


Sura 4:34

Eu digo que: Não canso de me espantar com a reação, sem limites, a que as pessoas são levadas por suas convicções religiosas. E isso me faz achar que um pouco de dúvida não faz mal a ninguém. Aos messias e seus seguidores, prefiro os homens tolerantes, para quem as verdades são provisórias, fruto mais do consenso que de certezas inquestionáveis.

Tenho certeza que todos nós temos opinião formada sobre este assunto - se somos culturais, abastecidos de conhecimento não aceitaremos esse tipo de fanatismo sem fundamento. A civilização só se desenvolveu por causa dos nossos sentimentos e valores.

Em todas as religiões, Deus significa amor, justiça, fraternidade, igualdade e salvação. Não obstante, pode o amor a Deus, a fé na sua palavra, empurrar seres humanos para a intolerância e para o ódio entre seus pares? A história provou por diversas vezes que sim.



A notícia veio de Portugal -

Uma adolescente do Bangladesh foi condenada a 101 chicotadas por ter engravidado na sequência de uma violação. Essa pena, decorrente da lei islâmica em vigor, foi decidida pelos anciãos da sua aldeia, os quais ilibaram o violador.


A rapariga de 16 anos ia a caminho do liceu quando foi violada por Enamul Mia, de 20 anos, em Abril. A sua família chegou a combinar um casamento com um homem de outra aldeia, mas a união foi desfeita quando se verificou que ela já estava grávida de seis meses.


O castigo foi aplicado pelo líder da aldeia e a rapariga, que entretanto fez um aborto, acabou por perder os sentidos com as dores, forçando uma interrupção de duas horas.


O pai da vítima também foi obrigado a pagar uma multa à aldeia para evitar ser ostracizado pelo resto da comunidade.


Activistas de organizações de Direitos Humanos do Bangladesh já foram à aldeia e um responsável da polícia garantiu que irá investigar a ocorrência se alguém apresentar queixa.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Massacre de Roncesvalles

Ano 778.
O imperador franco Carlos Magno está lutando a sete anos para dominar a região da Espanha, mas um vilarejo ainda resiste, é Saragoça, que era governada pelo rei Marcílio. Marsílio e seus nobres, certos de que a derrota é inevitável, criam um plano para enganar os francos. Enviados de Marsílio prometem que ele será vassalo de Carlos Magno e que se converterá ao Cristianismo (religião oficial do império),  uma vez que o imperador tenha partido da Espanha. Mas o rei mouro não pensa em cumprir o acordo: tudo não passa de uma maneira de fazer com que os francos saiam do seu território.

Carlos Magno, cansado da guerra, retira-se do território e deixa seu comandante militar Rolando no comando da retaguarda. No dia 15 de agosto de 778, a retaguarda do exército franco foi atacada por bascos cristãos e islâmicos ao transitar pelos Pireneus - possivelmente na passagem de Roncesvalles (região montanhosa na atual Navarra, Espanha),  é vítima de uma emboscada, sendo atacada por vários batalhões de mouros que ascendem, no total, a 400.000 mil homens.

Carlos Magno e seus homens, são avisados da emboscada e conseguem retornar para tentar salvar seus homens, mas ao chegarem, chocam-se com a visão do massacre. Ninguém sobreviveu.

O exército franco persegue os infiéis até o rio Ebro. Os que não morrem pela espada acabam mortos afogados no rio. O exército franco toma Saragoça, destruindo todos os itens religiosos islâmicos e judaicos da cidade. Todos os habitantes são obrigados a converter-se ao Catolicismo (aqueles que se recusam, são decapitados) exceto a rainha Bramimonda, que é levada ao país dos francos, para que aceite "expontaneamente" o Cristianismo

O episódio de Roncesvalles foi um exemplo singular na história da Espanha: bascos cristãos juntaram-se aos mulçumanos para expulsar os francos, no que pode-se considerar como um exemplo precoce da identidade hispânica.

A destruição da retaguarda do exército e a morte de Rolando passaram a ser material para os poemas cantados pelos jograis medievais, num contexto em que Carlos Magno era lembrado como o imperador que conduziu várias campanhas contra os povos pagãos da Europa, como os saxões e os muçulmanos ibéricos. Nos séculos seguintes, essas campanhas passaram a inspirar e a ser inspiradas pela Reconquista e as Cruzadas, que também tratavam da luta entre cristãos e povos de outras crenças.